domingo, 18 de setembro de 2011

O amor proibido prevalece 2ª Edição ~ Histórias fictícias

A história que irá ler a seguir é totalmente fictícia , ela apenas surgiu na minha mente assim que acordei.
Espero que a deliciem pois o que tem de romântica ela tem de sombria.


O amor sombrio, de Cleison da Silva.





Capítulo Um :  Personiel o garoto triste.
Em algum lugar no Brasil, em uma cidadezinha pequena e habitada por poucas pessoas, em uma casa simples feita de madeira, morava Dona Line, Mauro, Vivian e um garotinho de oito anos chamado Personiel. Ele tinha pele morena clara, olhos verdes esmeralda, cabelos da cor das castanhas que sua mãe Dona Line vendia na sua cidade e sua boca era pequena e rosada como os morangos que seu irmão mais velho Mauro cultivava, para vender com a ajuda de sua irmã Vivian, que era apenas três anos mais velha que Personiel. Como todos na casa trabalhavam, menos Personiel que era o mais novo, sua mãe o deixava em casa sozinho. Ele era um garoto muito triste pois foi o que mais sofreu com a morte do pai, Personiael, um fazendeiro que foi brutalmente assasinado por uns bandidos que queriam roubar toda a sua plantação. A família assustada abandonou a fazenda e foi morar do outro lado do imenso rio da Angústia, sim esse era o nome do rio. Pelo fato de Personiel ter visto seu pai sendo assasinado, sua mãe temia que isso pudesse ter afetado a sua mente, pois desde então ele só era encontrado chorando do lado de fora da "nova" casa, perto de umas rosas brancas que foram plantadas por não se sabe quem.




Capítulo Dois: Rosas Brancas e o visitante.
Em uma manhã de quinta-feira, a família Lambatour levantava cedo para irem trabalhar como de costume. Personiel acordava junto para ir à escola, e como Vivian e Mauro estudavam de tarde, eles já iam com seus livros para o trabalho, já que depois iriam direto para a aula. Vivian estava usando o seu vestido favorito de cetim amarelo, que seu pai havia presenteado-lhe em seu 12º aniversário, e mesmo agora com 13 anos, ele ainda a servia perfeitamente. Toda vez que acordava e sentia uma imensa falta do pai, ela usava o vestido, e como todos da casa já sabiam disso, a tristeza dominava os olhos da família. Vivian tinha cabelos longos e lisos, pretos como o café que a sua mãe servia, os olhos eram de um castanho intenso e sombrio, os lábios eram longos, porém finos e bem claros, quase sem cor. Seu irmão Mauro tinha cabelos castanhos, pele mais clara como a do pai, olhos cor de mel, lábios rosados e carnudos, tinha cavanhaque e era mais alto que a sua mãe. Dona Line era baixa, magra, possuia um sorriso encantador e alegre, mesmo que por dentro estivesse ainda abalada com a morte do marido, seus cabelos eram longos como os de Vivian, porém maiores, usava lenços na cabeça e carregava uma cesta de palha onde colocava as castanhas para serem vendidas. Após todos sairem de casa, o Personiel foi o único que, depois de receber um doce beijo de sua mãe, virou a primeira esquerda e seguiu por uma trilha deserta e coberta de relva. Os dois irmãos seguiram em frente, em direção à cidade, acompanhados de sua mãe. Depois da aula, Personiel voltava direto para casa, e como de costume, quando chegava à frente da sua casa, colocava os cadernos no chão e ficava a admirar as rosas brancas. Vou lhes revelar um segredo, essas rosas haviam sido plantadas pelo seu pai semanas antes de morrer, e após anos elas continuavam ali, sua mãe sabia que fora seu marido que as havia plantado, porém, resolveu não contar aos filhos. Ela acreditava que eles poderiam sofrer mais e eu concordo com ela. Personiael Lambatour visitava a casa de madeira onde a família agora morava, pois seus pais haviam morado lá anos atrás. Personiel tinha uma adoração por essas rosas, o perfume delas o fascinava e ele não tinha vontade de fazer nada, apenas as observar. Foi quando uma grande e linda borboleta negra, que acabara de pousar sobre uma das rosas brancas o chamou a atenção, fazendo-o desviar seu olhar paralisador. A borboleta agitou suas asas, pousou na ponta de seu dedo e ele sentiu um calafrio e uma vontade enorme de beijá-la. Foi então o que ele fez, deu um doce e suave beijo no inseto, que parecia retribuir, e quando Personiel abriu os olhos ela estava voando diante de seus olhos, ele sentiu na hora uma tristeza imensa, mas depois passou.

Capítulo Três: Felicidade e Obsessão.
Todos os dias acontecia a mesma coisa, Personiel brincava e brincava com a borboleta e já até dado um nome a ela, ele a chamava de  Everb pois Everb de trás para frente é Breve, e era assim que ele a considerava, uma borboleta breve que vinha e partia deixando ele esperando ansiosamente pelo seu retorno.
Certo dia quando Personiel está voltando para casa e se depara com uma cena que ele não acredita e não quer que seja real, uma rosa está caída no chão, alguém havia cortado uma rosa e a arma do "crime" ainda estava ali, uma tesoura prateada que cintilava sobre a luz ofuscante do sol, uma longa e dolorosa lágrima rolou sobre a face do garoto, que ficou um segundo depois enfurecido e deu um enorme berro para aliviar a tensão.
Quando abriu a porta de casa viu a sua mãe cozinhando e perguntou quem havia cortado a rosa, ela disse que havia sido ela mesma que teria cortado, pois a rosa estava morta e poderia  matar as outras, ele a dirigiu a palavra aos berros dizendo que não era para ela tocar nas rosas dele pois elas eram muito importante pra ele , a mãe apenas acentiu com a cabeça e continuou cozinhando, foi então que Personiel foi para fora e ficou olhando as rosas até o momento tão esperado Everb chegar , ele adorava tanto a borboleta que corria atrás dela, cantava e pulava, toda sua tristeza ia embora quando seus olhos encontravam o preto brilhante das asas de Everb, ele estava apaixonado pela borboleta e quando ela ia embora a dor o dominava novamente.

Capítulo Quatro: O final trágico 
Era uma tarde como todas as outras quando Everb chegou, Personiel estava brincando com ela , feliz como sempre, quando derrepente começou a chover , o sol desapareceu, e as nuvens ficaram negras e densas, foi quando Personiel correu para casa e pegou um enorme guarda chuva , que pertencia a ele mesmo, e protegeu Everb que ainda estava lá esperando por ele, ele então ficou parado , esperando com Everb a chuva passar, Personiel sentia uma sensação de poder, foi quando em um segundo tudo se redimensionou novamente, o sol voltara a brilhar e a chuva havia sumido, Everb sobre voou a cabeça de Personiel como se estivesse o convidando para voar, e foi o que aconteceu ,  Personiel levantou o guarda chuva para ver Everb partir mas de repente  a brisa o levantou no ar e ele foi indo em direção a Everb, ele podia controlar o guarda chuva, foi uma aventura incrível para garoto, desviar das árvores e tocar nas nuvens, e ele sempre voava ao lado de Everb, porém minutos depois ele notou que estava voando muito alto e tentou descer mais, sua tentativa foi em vão pois ele continuou subindo ainda mais e quando tocou Everb sentiu uma enorme pontada no coração e o guarda chuva simplesmente se fechou, Personiel caiu de uma altura que não se pode descrever, nem ele percebera o quanto alto estava do chão, ele não gritou pois a dor no peito ainda era intensa, foi então que em uma fração de segundos ele alcançou o chão e ali permaneceu até a polícia da cidade o encontrar e a notícia triste e dolorosa à família contar. Sua família ficou super abalada com a notícia, e encontraram Everb morta nas mãos do garoto, com uma pétala da mesma rosa branca do jardim da família.
(Personiel foi um exemplo de que por amor somos capaz de tudo, que por amor fazemos de tudo até alcançamos a morte para estar do lado de quem faz o nosso coração acelerar, que o amor anestesia a solidão de todos, que o amor é o antidoto para a tristeza de todos e que ele pode nos levar as alturas , e também pode nos levar a morte). 

Cleison da Silva.





2 comentários:

  1. Não tenho palavras para dizer o quanto seu texto é impressionante. Mais uma vez estou admirada com eles.

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  2. Oh minha flor, fico feliz em saber que gosta do que escrevo, seja sempre bem vinda, faça do Fallen Eden seu segundo lar, beijos com carinho.
    Cleison.

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